sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Voltaremos em breve!

Queridos internautas, não fiquem desapontados com o "abandono" do blog. Infelismente, nós não estamos com tempo para postar. Em função de estarmos em ano de vestibular. Não é frescura, um bom post exige pesquisa, com um tempo médio de 3 horas. Afinal, não podemos falar qualquer besteira aqui.

Contudo, voltaremos após esses tempos de sofrimento! Previsão para final de dezembro.

Abraços, O ROCK NÃO MORREU!

segunda-feira, 21 de abril de 2008

The Mars Volta, o progressivo do sec. XXI



The Mars Volta é uma banda estadunidense fundada por Cedric Bixler-Zavala e Omar Rodriguez-Lopez, em 2001, que antes eram membro da banda At The Drive-in e também tinham um projeto paralelo chamado De Facto. Essa era uma banda que tinha influências basicamente de reggae, música electronica, música latina, salsa e jazz, o que resultava em um som distinto e universal. Com o tempo foram entrando novos membros no De Facto, lançando CDs e fazendo , principalmente no lançamento do segundo disco (Megaton Shotblast) , fama instantânea . Com isso decidiram largar o At The Drive-in e se dedicar ao De Facto, que logo se transformou em The Mars Volta (nota-se apenas uma modificação do nome ).

Então, finalmente há a criação do The Mars Volta, uma banda não muito conhecida pelas massas porém de grande técnica e capacidade musical. Simplesmente uma das melhores bandas da atualidade, fugindo completamente dos estilos vistos atualmente, como Emocore e Indie Rock. O TMV (se me permitem chama-lo assim) é considerada como uma banda de rock psicodélico , jazz, música latina e rock progressivo. Além de ótimos músicos com álbuns conceituais, a banda também é conhecida pelos seus enérgicos e vigorosos, com grande improvisação ao vivo.

Discografia:

De-Loused in the Comatorium:



De-Loused foi o trabalho unificado de fantasia que contava uma história de um viciado de drogas em coma, na primeira pessoa. Apesar das letras implícitas, The Mars Volta alegava em entrevistas que o protagonista do álbum era baseado em um antigo amigo Julio Venegas, ou "Cerpin Taxt", como mencionado na história, que esteve em coma por vários anos antes de acordar. Nessa época a banda não possuia um baixista. Flea, renomeado baixista dos Red Hot Chili Peppers, tocou baixo em nove das dez música do LP. De-Loused se tornou seu maior hit tanto para a crítica quanto comercialmente, vendendo 500.000 cópias.







Frances The Mute:




Frances se tornou um hit comercial ainda maior que De-Loused, vendendo 123.000 cópias em sua primeira semana e estreando como o número quatro na lista de álbuns da Billboard, principalmente porque "The Widow" recebeu considerável divulgação no rádio. Críticas ao álbum variaram bastante. Talvez o fato mais incrível do álbum, seja o grande envolvimento de Omar em sua criação. Ele escreveu todas as partes instrumentais, assim como realizou os arranjos e a produção.





Amputechture:




O processo criativo continuou o mesmo: Omar compondo a parte musical para Cedric poder escrever as letras, mas desta vez, com mais liberdade para contar histórias obscuras e inusitadas, e iserir vinhetas estranhas, piadas subliminares, toda a sorte de pessoas, eventos, e memórias. Cedric Bixler Zavala encontra novos timbres e registos com os quais lançar as suas letras de poesia surrealista, cantando frequentemente em registos agudos e melódicamente elaborados.





The Bedlam In Goliath:



O Mars Volta apresenta mais um disco conciso e de qualidade certeira. Está tudo lá no tal liquidificador da banda: jazz, música latina, garage rock, insanidade, progressivo, prazer exacerbado, violência sonora, lirismo, liberdade, experimentalismo... Tudo triturado e devolvido aos ouvidos de modo que a sonoridade da banda seja assimilada de maneira interessante e ousada em relação ao universo pop mundial. Mas não em relação ao universo particular em que o Mars Volta vive. Já que no universo da banda ousadia não é novidade. Parece ser mesmo uma necessidade.






sábado, 19 de abril de 2008

Games de Rock'n Roll na internet

Para os entediados de plantão, este post trará alguns joguinhos relacionados a música e ao rock. Baixei ambos e fiz análise deles.

Music Wars 3:
O primeiro jogo é viciante, mas ao longo do tempo fica-se repetitivo.
Você escolhe uma banda para gerenciar, pode ser uma das milhares existentes ou você pode criar uma banda.
Cada banda tem um nível de carisma, dança, voz etc. Variando na escala de 0 a 10.
Também existe um medidor de popularidade em cada região do mundo, para saber o quanto famoso você é.

O jogo não possui gráficos 3d ou 2d...
Você começa gravando um demo, para depois mandar para as gravadoras. Se elas te aceitarem, você pode lançar singles, clipes ou até albuns.
Seu objetivo é alçancar as paradas de sucesso em todo o mundo, tendo varias premiações ao longo do ano, como o Emmy, discos de ouro e platina.

Há também tem a opção de entrar em turnês, escolhendo a região ou o mundo inteiro.

Pontos Fracos:
- É muito repetitivo e acaba enjoando.
- Não há muitas opções do que fazer.
- É extremamente dificil, mesmo ao criar uma banda com o máximo de nivel em cada caracteristica. A maioria não terá paciência.
- O jogo é todo em inglês.
- Se você não tiver uma idéia sobre as bandas, pode ficar perdido no jogo.
-É leve e roda em qualquer computador, sem prejudicar a performance.

Pontos Fortes:
- Começa bem e vicia.
- A idéia é muito criativa, mas falta melhor desenvolvimento.
- Há varias estratégias para fazer sucesso, e cabe a você definir a que melhor encaixa com o estilo da banda.
- É muito realista.
- A interface é simples e facil de se usar.

Nota: 6

Vicia e logo enjoa, mas se a idéia do jogo fosse melhor desenvolvida, teria tudo para ser um jogaço.

Dados:
Tamanho: 2, 36 MB
Gratuito
Sem limitações

Link - Superdownloads (UOL)
Link - Baixaki (IG)




Frets On Fire:
Jogo clone do Guitar Hero ( game onde se toca guitarra obedecendo os acordes da música) , só que mais leve e simples. Apesar disso, é muito bom.
O sistema do jogo é muito simples. Você começa podendo tocar três músicas, com diferentes níveis de dificuldades. As músicas são boas de se ouvir, ficando até na sua cabeça.
Toca-se com o teclado, e o jogo mostra o processo no tutorial bstante divertido.
Você também pode baixar músicas reais na internet! Acesse sites como esse, http://www.ze-games.net/forum/showthread.php?p=4700
O jogo não tem um objetivo, apenas tocar guitarra virtual! =]

Pontos Fracos:
- Vicia demais, ao ponto de não fazer mas nada, só jogar.
- Se você não gosta de instrumentos musicais, nem baixe.
- Pode causar dores no pulso ou braço após muitas horas de jogo.
-Tocar com o teclado pode ser trabalhoso e difícil, apesar de não ser obrigatório.

Pontos Fortes:
- Totalmente em Português.
- É uma idéia inovadora que deu certo.
- É leve, simples e rápido.
- Pode-se tocar sua música de rock favorita! Se conseguir...
- A jogabilidade é otima .
-É possível baixar músicas na internet para tocar no jogo.

Dados:
Tamanho: 30 MB
Gratuito
Sem limitações

Olhe como se joga neste video. O cara toca "Iron Man" do Black Sabbath.

Nota: 9 (Baixe, se você gosta do tema)







Link - Baixaki (IG)
Link - Superdownloads (UOL)

Valeu galera...outra hora venho com mais games que circulam pela internet.
Abraços.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Notícias do rock

Back in Black: AC/DC confirma gravação de novo disco
O vocalista da banda australiana AC/DC, Brian Johnson, confirmou que está trabalhando em composições, que serão o novo trabalho da banda. Em entrevista a uma rádio norte-americana, ele ainda falou que o grupo já está em estúdio há 5 semanas. "Nós estamos trabalhando com Brendan O' Brien, produtor do Bruce Springsteen, e ele é um cara muito legal. Sabe exatamente o que queremos, e isto nos faz soar muito bem. Este será o primeiro álbum em oito anos." disse Brian.
Ele ainda disse algumas coisas sobre uma possível turnê depois que lançarem o disco: "Eu posso dizer que sim, mas você sabe, coisas podem acontecer, mas o que nós queremos é voltar com tudo, estamos todos muito ansiosos. Malcolm e Angus estão elétricos, Phil Rudd já conseguiu toda a mágica do passado na bateria, e Cliff Williams está brilhante, como sempre. Estamos todos nos divertindo muito. Somos velhos amigos do passado nos divertindo um pouco."

Parece então que os rumores de uma turnê estão praticamente confirmados, como sonhavam os fans (eu incluso). Sobre o cd novo, acredito na competência da banda, mas causa estranheza o nome do produtor. Não se pode dizer que o AC/DC tenha uma pegada similar ao Bruce Springsteen. De qualquer forma, só saberemos quando o álbum, que está prometido para esse ano, sair.

Turnê do Kiss terá Alive! completo
Em entrevista a uma rádio italiana, o guitarrista do lendário Kiss, Tommy Thayer, afirmou que a banda irá tocar todas as músicas do álbum Alive! na turnê européia Alive 35 Word Tour, que começa dia 9 de maio na Alemanha. Thayer disse ainda que a turnê terá "músicas obscuras, nunca tocadas antes".

E agora a parte mais importante: o guitarrista revelou que existem sim planos para uma turnê mundial, incluindo EUA, Canadá, América do Sul, e possivelmente o Japão.

Se a banda passar por aqui, é quase certo que o Brasil está incluído. O Kiss já passou por aqui 3 vezes, e eles sabem que a comunidade de fans no país é grande. Uma mina de ouro, portanto, em shows. Tanto faz. Essa notícia significa felicidade para os fans do Kiss, e mais dinheiro para o tio Gene Simmons.

Revoltado, Scott Weiland critica indústria musical
O ex-vocalista do Velvet Revolver, Scott Weiland, teceu duras críticas à indústria musical. Demitido recentemente do VR, ele disse que os artistas hoje em dia tem que ter um "olho nas costas" e relatou que o meio musical mudou muito nos últimos tempos (jura??).

"Acho que somos um pouco mais espertos e bem mais inteligentes. A indústria musical decaiu tanto que acabou engolindo à si mesma. Os sobreviventes hoje são mais 'durões'. Você tem que ter um olho nas costas e ser muito mais esperto para não ser passado para trás. Eu acho que todos aprendemos com estas experiências." disse.

De fato, ele tem razão. Os artistas devem ser expertos no meio músical hoje em dia, totalmente saturado. Mas antes de sair do VR, ele não fazia esse tipo de declaração. É fácil reclamar quando se está por baixo, apesar de seu retorno ao Stone Temple Pilots. De qualquer maneira, só estou aliviado por vê-lo longe do Velvet (eu disse!).
A banda ainda não encontrou um novo frontman.


Guitarrista do Queen é novo chanceler de universidade
Brian May, eternizado como guitarrista do Queen e astrofísico nas horas vagas, foi nomeado o novo chanceler da universidade John Moores, em Liverpool. Ele entrou no lugar da mulher do ex-primeiro ministro britânico, Tony "Cãozinho do Bush" Blair. Brian presidirá cerimônias de graduação e representará a universidade em ocasiões especiais.

"É como uma homenagem pelo grande interesse que ele tem demonstrado em relação à natureza do nosso universo. Com pouco mais de 20 anos, May teve uma escolha a fazer - optar pela ciência ou pela música. Ele escolheu a música, mas nunca esqueceu da ciência." afirmou Mike Bode (sim, esse é o nome do sujeito), diretor do instituto de pesquisa de astrofísica da universidade.

No ano passado, o guitarrista terminou seu PhD no Imperial College e ainda recebeu um título honorário por sua contribuição à astronomia e entendimento público da ciência.

Não sei vocês, mas eu nunca o vi dando aulas de física em shows ou na tv...daqui a pouco é o que? Zakk Wylde virando chanceler em cerveja e Joe Satriani em marcas de óculos escuros? É cada uma...

Leia a notícia completa aqui .

Headbanger mata bode e vai preso

De longe a notícia mais bizarra de hoje. Scott Peter Romano (28), membro de uma banda de metal, foi preso por ter feito um ritual satânico com um bode, numa igreja de Brisbane, sexta-feira 13. Ele admitiu o ritual e a morte de um bode chamado "Maddie", mas negou participação. O juiz não caiu na lorota e sentenciou Romano a 1 ano de prisão pelo roubo e morte do bode, com direito a condicional apóas 4 meses de pena cumprida.

"Qualquer membro desta comunidade acharia esse comportamento bizarro e completamente inaceitável. A única conclusão a que posso chegar é que foi alguma forma de ritual." disse o perspicaz juiz.

Preciso comentar?

Leia aqui a bizarrice completa.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Here are the young mans...

É muito difícil falar de banda fundadora de um movimento musical, especialmente de uma vertente do punk, que se ramificou em dezenas de correntes. Porém notam-se as bandas que trouxeram - no à tona. Para falar do pós-punk, tenho que falar da banda que o levou a superfície e do ambiente propicio que fora criado pela onda “faça você mesmo”. Uma série de gravadoras independentes estava divulgando musicas das mais diversas bandas. Qualquer um poderia juntar três amigos e tocar. Eis que após um show do Sex Pistols em Manchester, quando Peter Hook (baixista) , Terry Mason (pseudobaterista, ele nem batera queria ser...) e Bernard Summer (guitarrista) conheceram um jovem chamado Ian, resolveram formar uma banda para servir de apoio à bandas punks mais famosas da região.

Depois de um tempo batizaram de Warsaw, baseado na musica Warszsawa de David Bowie, mas por terem receio de serem confundidos com uma outra Warsaw Pakt, colocaram o nome de Joy Division; Divisão da alegria, a área onde as mulheres judias são mantidas prisioneiras e "oferecidas" sexualmente aos oficiais nazistas. Após uma serie de mudanças vem o baterista, definitivo, Stephen Morris, terminando a formação que os tornou famosos.


Por que perder tempo falando desses caras???
99% das pessoas pensam que estou falando de uns inexpressivos quaisquer... Pra começarmos: o Bono disse que sem o Division, o U2 não existiria. Acho que estamos nos entendendo.

Eles trouxeram um lado antigo e obscuro da musica, perdido entre a fúria e a violência de Johnny Rotten e Ramones. Possuem claríssimas fontes no ultra-romantismo, que Ian Curtis lera quando mais novo. É difícil definir Curtis, um jovem atormentado que sofria de epilepsia, depressão ,fã de Iggy Pop, Lou Reed e David Bowie. Porém como poucos ele punha suas dúvidas em suas letras e melodias, que falam do lado negro da vida. Agora um conselho, sob nenhuma hipótese ouça suas musicas quando triste: o suicídio vai parecer uma ótima opção. Exatamente o que o vocalista fez em 1980, aos 23 anos.


"Parece que é tudo negro é obscuro", palavras da revista inglesa Death Disco sobre o primeiro cd da banda,Unknown Pleasures.

Único álbum lançado antes do suicídio de Ian, foi esse que os fez conhecidos pela Europa. Já mostrava suas características mais claras, com uma banda de estilo mais complexo que as da época, que ia além dos famosos "três acordes" típicos do punk. E tem uma base intensa, como se vê em New Dawn Fades, onde se ouve a bateria e baixo num ritmo calmo e passivo, surpreendentemente em primeiro plano, e o desespero expresso pela angustiante guitarra e pelos lamentos do jovem cantor. Nota-se também inovações da música eletrônica, como em She’s lost Control , que seriam muito aprofundadas quando os membros remanescentes formam o New Order. Além de outros recursos, como vidro se partindo e outras viagens.

Muitos não compreendem como uma banda que mal durou quatro anos pode ter sido tão importante para definir o cenário rock britânico dos anos 80. Devemos entender que falavam da falência do sistema e das contradições que estão presentes na nossa vida até hoje. Para muitos, as músicas devem ser felizes, devem melhorar nosso humor, ”shiny happy people”. Respeitando a opinião alheia, o rock é um reflexo da vida, como qualquer forma de cultura. E este estilo mostrou que, como diria John Lennon, ”the dream is over”. Mas nós continuamos aqui...


Discos de Estúdio

Unknown pleasures (1979)
Único álbum lançado antes do suicídio de Ian. Foi o que fez a banda conhecida na Europa. Já mostrava suas características mais claramente, com o Joy Division sendo uma banda de estilo mais complexo que as da época. Aqueles acostumados com as músicas de 3 acordes do punk foram surpreendidos com composições que usavam som de sprays, vidros quebrando e sintetizadores, até então incomuns. Após o suicídio de Ian, os integrantes da banda levaram o uso de sintetizadores para o New Order. Enfim, esse é um disco sombrio e revolucionário.


Closer (80)

Foi feito antes da morte de Curtis, apesar de ter sido lançado depois. Mantem a essência o original, porém aprofunda uma tendência clara. O som instrumental era dançante e em grande parte animado, porém são a melodia e as letras, filhas do divórcio dele e uma intensificação de sua epilepsia, que mostram o contraste entre luz e escuridão, tristeza e alegria. Esse verdadeiro caos musical exprimiu como poucos a essência humana. Foi gravado de modo, no mínimo, diferente: as gravações foram feitas sobre uma abóbada de estuque, para que o som ecoasse com se fosse numa capela.

O álbum é um verdadeiro enigma. A imagem da capa é católica gótica e até mesmo o nome, Closer(mais perto), é ambíguo. Vendo o contexto, nota-se que Ian ia jogar tudo para o alto. Simplesmente divino. Está no Ranking da “Rolling Stone” como um dos 500 maiores álbuns de todos os tempos. Merece.


Concluindo

Foram lançados álbuns pos-mortem como Still (81), Substance (88), dentre outros compactos. Sinceramente não imagino que todos apreciem, mas a idéia é que eles foram poucos conhecidos por que não chegaram a se apresentar em solo americano, Meca da música mundial, mas penso que é um tipo de musica que vale a pena. É quase unanime que o mais interessante eram os shows do Division, onde as luzes formavam uma atmosfera sombria, aliada às danças frenéticas do vocal imitando seus próprios ataques epileticos, mas isso infelizmente eu não posso mostrar...ainda bem que existe a internet!!!
Falar só não adianta nada. Abaixo os links no ioutubi e , caso gostem, assistam Control, filme baseado na biografia de Deborah Curtis, a mulher do indivíduo, que ajuda a entendê-lo.


Apresentação da banda no Granada



Trailer do filme "Closer"



I believe in Joy division

Pedro Lima



terça-feira, 15 de abril de 2008

Algumas observações importantes

"And the medal goes to....Rock Zoo!"

Alguns de vocês já devem ter percebido os prêmios que nós ganhamos recentemente ali ao lado. Esses selos são frutos de nosso trabalho e dedicação com este blog, que nós levamos a sério e fazemos com capricho. Pode parecer clichê, mas a verdade é que nada disso aqui seria possível sem vocês, leitores. Em pouco mais de um mês de blog, já temos mais de 1000 visitas de diversos países, posts bem comentados e leitores fiéis.

Em nome de toda a equipe Rock Zoo, agradeço muito ao blog E-Brasil e Futebol e Discussões pelas indicações e à vocês, queridos leitores, pelos acessos e pelos comentários motivantes. Todos eles, sejam elogios, sugestões ou críticas, são levados à sério por nós, e só colaboram para melhor. Agora as nossas próprias indicações à medalha:

Bar do Smoke bem irreverente e interessante

Babel com seus textos bem escritos

Rock Mania blog bem caprichado, que inclusive virou nosso parceiro agora


A polêmica do Bon Jovi

Na lista de "discos para conhecer o hard rock", que eu publiquei ontem, coloquei o álbum Slippery When Wet do Bon Jovi. A maioria concordou, mas alguns vieram discordar, falando que a banda é pop e não merecia estar na mesma lista que bandas como Led e Kiss. Teve um até dizendo que Judas Priest era hard rock...

Ok, vamos lá. Bon Jovi é pop? É sim. Mas isso é algo relativamente recente. Eles acompanharam o ritmo da indústria musical e se distanciaram de suas raízes hard, puxando seu som para um pop rock. Só que é inegável que Slippery When Wet é um trabalho do Bon Jovi no auge de sua fase hard rock. Alguém aqui diz que Let it Rock é uma música pop? Ou Wanted Dead or Alive? Não, pq essas músicas nem de longe são isso.

Todos têm o direito de não gostar de algo, mas não se pode fechar os olhos para os fatos. Ao invés de criticar tanto, pq não escutam o cd? Menos perda de energia e mais conhecimento musical para todos. ;)

Obrigado a todos que elogiaram e criticaram a lista, esse é um espaço aberto a debates mesmo. =D

Capa Original de Appetite for Destruction

Aqui está a capa original de Appetite for Destruction, do Guns N' Roses, que pediram nos comentários do último post. Não coloquei antes pois a outra é mesmo a que ficou eternizada na imagem do álbum, mas aí está o robô estuprador que gerou tanta polêmica no lançamento do disco.

A gravadora então recolheu os discos e lançou novas prensagens com uma ilustração mais simples, e bem menos polêmica: uma cruz com os membros da banda, baseada em uma tatuagem de Axl Rose. Os discos com essa capa original se tornaram raridades instantâneas. De qualquer maneira, um bom exemplo da irreverência do Guns.

HD Online do Rock Zoo

O Matheus teve a idéia genial de fazer uma espécie de HD Online do blog, com músicas e discos que aparecerem por aqui. É uma boa iniciativa, pois facilita o acesso a muitas coisas das quais falaremos no blog, colocando tudo em um local só. Apenas lembrando que o HD não está hospedado no Rock Zoo e não é apologia à pirataria. Se gostou das músicas e do artista, compre seu trabalho, pois essa é a melhor maneira de prestigiar e valorizar a música. =D

O HD você pode conferir aqui (já foi usado 2 vezes sem ao menos ter sido divulgado, isso que eu chamo de compartilhamento rápido xD).

domingo, 13 de abril de 2008

Discos para conhecer o hard rock

Salve pessoal,

Como o objetivo do nosso blog é justamente difundir conhecimento musical entre as pessoas, resolvi fazer uma lista com os discos principais do hard rock, para que esse estilo chegue a mais gente. Esse é o primeiro post de uma série que nós faremos, com os principais álbuns de cada estilo do rock. Para alguns a lista talvez pareça óbvia, mas como ninguém nasceu sabendo, é sempre bom indicar estes álbuns clássicos.
Outra coisa: por ser pequena, a lista com certeza é injusta. Muita coisa boa não foi incluída, mas ainda assim, transmite uma ótima noção do que foi o hard rock. ;)
Quem quiser mais indicações, pode pedir nos comentários, que eu farei com prazer.
Chega de papo, vamos à lista:

Van Halen - Van Halen (1978)

Quando os irmãos Edward e Alex Van Halen resolveram trocar entre si a bateria e a guitarra, não tinham idéia da importância daquele caminho por onde iam. Fundaram o Van Halen, e deixaram sua marca na música logo com este impressionante disco de estréia. Os riffs de Eddie e Roth imprimem ao álbum uma característica vibrante. Das buzinas de carro que anunciam Runnin' With The Devil à arrasadora On Fire, o disco é uma mistura insuperável de elegância sonora e letras lascivas. Destaque para o show particular de Eddie Van Halen em Eruption. Sem dúvida um clássico do hard rock.


AC/DC - Back In Black (1980)
Esse álbum pode ser considerado um dos pilares do hard rock, pois captura toda a essencia do mesmo em todas suas 10 faixas. Os sinos que anunciam a intensa Hell's Bells já mostram o poder de imersão deste disco. Esse foi o primeiro trabalho da banda com o vocalista Brian Johnson, após a morte de Bon Scott. Mas ao invés de fazer um álbum sombrio, os australianos optaram por fazer um disco vibrante, divertido e intenso, nas raízes do puro hard rock.

Os riffs dos irmãos Young marcam Back In Black, e aliados ao vocal competente de Johnson, eternizaram as músicas do cd, como a própria Back in Black, You Shook Me All Night Long e Shoot to Thrill. Ainda encontraram tempo para alfinetar os críticos do rock, com Rock and Roll Ain't Noise Pollution. Essencial.



Guns N' Roses - Appetite for Destruction (1987)
Se eu fosse definir esse álbum em 2 palavras, seriam "obra prima". Esse foi o primeiro trabalho do Guns N' Roses, e foi logo o que catapultou a banda para a fama mundial. O disco, que continua sucesso de vendas até hoje, curiosamente não foi um sucesso imediato. Apenas depois que o clipe de Welcome to the Jungle passar na MTV às 4 da manhã em um domingo, que os fans de rock começaram a pedir o vídeo em massa. Também rendeu à banda o título de "mais perigosa do mundo", após 2 fans morrerem em um show da turnê de Appetite.

O sucesso se deve aos vocais diferentes de Axl, aos riffs geniais de Slash e às músicas, todas incríveis. Algumas foram eternizadas, como Welcome to the Jungle, Sweet Child O' Mine e Paradise City. Toda a vulgaridade obscena e a postura cool do Guns está contida nesse disco, cujo sucesso a banda jamais conseguiu igualar. Um fenômeno do hard rock.


Bon Jovi - Slippery When Wet (1986)
O terceiro álbum de estúdio do Bon Jovi, e o que os lançou definitivamente nos EUA. Slippery apresenta a banda em sua melhor forma, ou seja, no auge de sua fase hard rock. E rendeu para eles diversos discos de platina. Pode-se dizer que com esse álbum o Bon Jovi conseguiu o que até então era impensável: atrair as mulheres para o hard rock.

A energia de Jon mesmo nos vocais mais agudos, as letras facilmente identificáveis e os sintetizadores com melodias contagiantes contribuíram para o estrondoso sucesso do álbum. O guitarrista Richie Sambara solava fantasticamente, e imprimiu essa característica marcante no disco em músicas como Wanted Dead or Alive, Let it Rock e Livin' on a Prayer, todas clássicos do hard rock. Definitivamente, esse álbum é um dos frutos mais doces do gênero.


Kiss - Alive! (1975)
O Kiss passava por dificuldades. A banda não estava tendo bom retorno financeiro, apesar de toda a sua teatralidade e pirotecnia no palco. A gravadora deles ia mal e o futuro era incerto. Eis que a banda lança Alive, e toda a situação muda. Os shows lotavam e as vendas iam muito bem, obrigado. Não é difícil entender o motivo do sucesso. As letras divertidas e os riffs de guitarra criaram verdadeiros hinos não só do hard rock, mas do próprio rock n' roll. É difícil encontrar alguém que não conheça Rock and Roll All Night e Strutter.


Supostamente, o álbum foi gravado ao vivo. Então pode-se dizer que os fans se desapontaram quando descobriram que a banda havia feito tudo em estúdio, e inserido os barulhos da platéia. O Kiss argumentou que só fizeram isso para corrigir erros e deixar a experiência mais divertida. De fato, eles conseguiram. Não importa como: Alive! é um álbum divertido e sólido, uma pérola do hard rock.


Black Sabbath - Paranoid (1970)
Ao contrário do que a maioria pensa, Black Sabbath não foi uma banda de metal, nunca se consideraram isso. Mas é inegável que seu trabalho pavimentou o caminho para o gênero. Paranoid, segundo álbum da banda, é talvez o disco do BS que mais se destaque nesse sentido. Os riffs intensos e objetivos de Tony Iommi, juntamente com os vocais únicos de Ozzy e a percussão mais lenta, deram um tom sombrio ao álbum, garantindo à banda o título de "pais do metal".

A música War Pigs originalmente dava nome ao disco, mas a gravadora trocou o nome para Paranoid devido à proximidade com a guerra do Vietnam. As músicas Iron Man, Paranoid e War Pigs são consideradas clássicos do metal. Também pudera, a banda é legítima representante do hard rock cru e pesado, que se fundou as bases para o metal, e justamente por isso esse é um dos álbuns mais importantes não só do hard rock, mas de todos os tempos.



Led Zeppelin - IV (1971)
Primeiramente: tudo do Led Zeppelin merece ser ouvido. Só que no meio de tanta coisa boa, um trabalho se destaca: o quarto álbum de estúdio do Led. O disco é o terceiro mais vendido na história, com 23 milhões de cópias vendidas apenas nos EUA, e consagrou o Zeppelin como uma das bandas mais importantes que já existiram. Para isso nem precisou de um nome oficial. O guitarrista Jimmy Page se refere ao álbum como "o número quarto, só isso".


O disco apresenta toda a genialidade de Page na guitarra, assim como de Robert Plant nos vocais, únicos na época. Entre as faixas, destaque para Black Dog, Rock and Roll e para a antológica (e linda) Stairway to Heaven. Houve até um movimento que pedia essa música como hino nacional dos EUA. Com uma sonoridade incrível, o disco arrebentou nas paradas de sucesso pelo mundo afora, e até hoje suas músicas marcam presença nas rádios de classic rock. Sem dúvida um dos mais importantes, senão o mais importante, discos do hard rock e de toda a música. Um álbum genial e essencial.